Exposição Herança Cultural Açoriana: arte e sustentabilidade Elias Andrade e Sandra Pereira
A exposição que apresentamos no Espaço Cultural do NEA, nos traz em forma de Arte a herança da cultural açoriana que os ilhéus nos deixaram a partir de sua chegada no século XVIII. Elias Andrade se apropria desta herança cultural açoriana e, com traços leves e soltos em suas telas, nos mostra os saberes e fazeres, lendas, tradições e a religiosidade. Já, Sandra Pereira, em suas obras, traz a valorização do saber fazer usando a Renda de Bilro nas suas criações, valorizando e divulgando este artesanato tão presente na região litorânea catarinense.
Elias Andrade ou “Índio”, como é mais conhecido, nasceu em Sambaqui (Florianópolis) na Ilha de Santa Catarina. Artista plástico autodidata tem suas obras expostas em vários países da Europa, das Américas.
O contato com a natureza e com os costumes, tradições e folclore, expressando o que há de mais autêntico na alma dos “manézinhos da ilha”, tanto em seu cotidiano, como em seu imaginário, são seus temas mais freqüentes. Mostram pescadores, arrastão, sereias, folguedos, festas populares e elementos de sua rica vivência em Sambaqui, onde pesca, “proseia” e desenha na areia. Para esta exposição “Índio” preparou uma serie de telas com a temática Renda de Bilro.
A mais surpreendente de suas exposições foi a que realizou dentro do Rio Ratones, com murais sustentados por bambus. Nessa mostra, os convidados eram levados até o local em barcos e baleeiras. Essa exposição flutuante denunciava o fechamento de um braço do Rio Ratones, aterrado para dar lugar a um ‘empreendimento turístico’.
Essa preocupação social e com a sustentabilidade são características que envolvem todo o trabalho de Elias, e fazem dele um capítulo a parte dentro da visualidade catarinense.
Sandra Pereira, reside na Ilha a mais de 15 anos, escolheu este pedacinho de terra para morar pelo encantamento das belezas naturais e a paixão pela cultura de base açoriana, muito presente aqui em Santa Catarina.Funcionária da Secretaria de Cultura da UFSC, depois de sua aposentadoria dedicou-se arte.
“Nossas luminárias surgiram do encantamento pelos trabalhos manuais e pelos objetos de decoração. Assistindo um programa de TV sobre decoração de ambientes, que incentivava o aproveitamento daquilo que não tem mais valor, resolvemos, eu meu pai, criar luminárias utilizando garrafas descartadas, dando assim um novo significado para estes recipientes que eram jogados no lixo”.
Com a proposta de valorizar a cultura local da Ilha de Santa Catarina, ela agregou na sua obra a Renda de Bilro, dando mais sofisticação a suas peças.
“Com aplicação de renda de bilro nas cúpulas das luminárias, buscamos também despertar a valorização e o fortalecimento da Rendeira, artesã que até os dias de hoje preserva a cultura açoriana, mas muitas vezes não tem este trabalho reconhecido”.
Luminárias customizadas para presentear, encantar e iluminar ambientes e pessoas com personalidade e, ao mesmo tempo, sendo sustentável.
SERVIÇOS
Abertura: 02 de junho as 18:30 horas
Local: Espaço Cultural do NEA – Núcleo de Estudos Açorianos
Universidade Federal de Santa Catarina
Período: 03 de junho a 01 de julho de 2016
Visitação: 2ª a 6ª feria das 9 ás 12 e das 14 às 17 horas
Informações: sandra.p@ufsc.br fone (48)9952.3550
indioeliasandrade@hotmail.com fone (48)9986.4988
NEA/UFSC (48) 3721.8605
Promoção
Universidade Federal de Santa Catarina
Secretaria de Cultura a Arte
Realização:
Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC
Apoio Cultural:
Governo do Açores/DRC
Vidraçaria Cristal
Sobre os Artistas:
Sandra Pereira:
Pedagoga, aposentada da Universidade Federal de Santa Catarina, trabalhou junto a Secretaria de Cultura da UFSC onde está localizado o NEA, Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC quando surgiu a paixão pela arte açoriana. A ideia de tornar garrafas de vidro em objetos de decoração surgiu do encantamento pelos trabalhos manuais e pela sustentabilidade. A partir da ideia apresentada num programa de TV sobre decoração de ambientes, que incentivava o reaproveitamento de resíduos, resolveu, junto com seu pai, criar luminárias utilizando garrafas recicladas, dando assim um novo significado aquilo que era descartado. “Do lixo à arte”, a artista alia nas cúpulas o uso da renda de bilro, buscando também despertar a valorização e o fortalecimento da cultura açoriana.
Elias Andrade:
Elias Andrade ou Índio, como é mais conhecido, nasceu em Sambaqui (Florianópolis) na Ilha de Santa Catarina. Artista plástico autodidata tem suas obras expostas em vários países da Europa, das Américas e da Oceania.
O contato com a natureza e com os costumes, tradições e folclore, expressando o que há de mais autêntico na alma dos “manézinhos da ilha”, tanto em seu cotidiano, como em seu imaginário, são seus temas mais freqüentes. Mostram pescadores, arrastão, sereias, folguedos, festas populares e elementos de sua rica vivência em Sambaqui, onde pesca, “proseia” e desenha na areia. Elias Andrade, o “Índio”, é original não apenas na sua pintura. A forma com que expõe seus trabalhos é absolutamente única. Expõe regularmente em ambientes naturais, como embaixo das pitangueiras da Ponta ou nas fortalezas da ilha, sempre preocupado em levar a arte onde o povo está. A mais surpreendente de suas exposições foi a que realizou dentro do Rio Ratones, com murais sustentados por bambus. Nessa mostra, os convidados eram levados até o local em barcos e baleeiras. Essa exposição flutuante denunciava o fechamento de um braço do Rio Ratones, aterrado para dar lugar a um ‘empreendimento turístico’. Essa preocupação social e as características que envolvem todo o trabalho de Elias fazem dele um capítulo a parte dentro da visualidade catarinense.