Em memória a Cláudio Bersi

19/04/2024 16:07

 

   Escritor e historiador, Cláudio Bersi de Souza nos deixou no dia 20/01/2024, aos 88 anos. Figura humana ímpar, sempre se dedicando ao máximo para o outro. Seu carisma com os leitores e admiradores de seu trabalho nortearam sua vida literária de 40 anos.

   Cláudio Bersi era colunista do DIARINHO e, ao se referir à história local, era incansável no destaque das qualidades, tanto das pessoas como do lugar onde nasceu e partiu: a lindíssima e inigualável Armação de Itapocoróy. Traduzia a seus escritos – tanto romances como biografias, as qualidades empáticas do seu povo originário. Nas obras históricas, era fidedigno aos fatos e de uma memória impecável, na beira dos seus 90 anos de existência.

Durante um período de sua vida que passou no mar, aproveitou para aprimorar seus estudos, chegando a fazer um curso de Jornalismo por Correspondência que durou um ano. Com um dicionário e uma gramática aperfeiçoou-se na língua portuguesa o bastante para se tornar escritor. Lia muito e desenvolvia a escrita, criando contos e romances. Seu primeiro livro: Um Beijo na Tempestade – editado em 1984 – foi manuscrito em cadernos. Até hoje, possui 24 livros publicados – ultrapassando 40 edições. Além de romances e biografias, Cláudio Bersi de Souza é autor de livros de autoajuda e de história. Ele próprio faz parte da trajetória histórica do município de Penha. Foi Vereador e presidente da Câmara Municipal.

   Foi nomeado membro da Academia de Letras de Santa Catarina Seccional Penha Anísio dos Santos, assim como contemplado no ano de 2019 com o Troféu Açorianidade Ilha da Graciosa, cujo homenageia pesquisadores, pelo Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade de Santa Catarina de Florianópolis. Deixa-nos um legado a ser seguido, um caminho a ser percorrido para continuarmos acreditando que, quando valorizamos as pessoas, acreditamos em seus potenciais, podemos obter sucesso e realizações. Assim foi a sua vida no mar, na terra e no mundo da literatura, cheia de sucessos e realizações!

 

Este texto foi possível através da colaboração do Professor Eduardo Bajara SouzaSuperintendente da Fundação Cultural Picucho Santos de Penha e a AMARK, Associação Amigos da Arte e Cultura.