Exposição de Cerâmica – Da terra e do barro um caminho entre a tradição e a arte

28/08/2013 17:25

Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove entre os dias  3 de setembro a  27 de outubro de 2013 a exposição “Da terra e do barro um caminho entre a tradição e a arte”. Nesta exposição, José Geraldo reúne vários trabalhos em cerâmica que retratam a cultura Açoriana nos costumes, no folclore, na religiosidade e na arte do oficio da cerâmica utilitária, a qual o consagrou como um dos mestres oleiros da cidade de São Jose.

Nascido em Lauro Müller/SC, José Geraldo Germano reside há 40 anos na cidade de São José. Autodidata, em meados dos anos 70 inicia-se na cerâmica figurativa, conhece o oleiro José de Souza – Mestre Zequinha – e começa a trabalhar na roda de olaria tradicional confeccionando peças utilitárias como panelas, moringas, alguidares e outros.

Hoje aos 61 anos de idade reúne seus trabalhos ligados aos costumes e tradições herdados dos Açorianos. Nesta mostra, apresenta a cerâmica figurativa com cenas da infância, do cotidiano e do folclore. Já na cerâmica utilitária nos traz vários utensílios usando diferentes processos.

A cerâmica utilitária chegou até nós trazidas pelos imigrantes açorianos no século XVIII. Esta arte de moldar o barro foi fundamental para que estes povos pudessem se estabelecer na costa catarinense e sobreviver. Com o barro produziam diversos utensílios indispensáveis como panelas para o cozimento dos alimentos, potes para armazenar água, os boiões, alguidares, pratos e muitos outros. A cidade de São José da Terra Firme tornou-se o maior polo de produção de cerâmica utilitária em Santa Catarina e exportava seus produtos para muitos lugares. Hoje a cidade é conhecida como a cidade da cerâmica tradicional e mantém uma Escola de Oleiros que é referencia à nível nacional.

Com entrada gratuita, a exposição será aberta à visitação no dia 3 de setembro, às 20h, no Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos, campus da UFSC em Florianópolis.

“Não poderia imaginar que uma brincadeira fosse se transformar, anos mais tarde, em trabalho, divertimento e prazer. Recordo os momentos da infância, de soltar pipa, de beber a água do pote de barro e de atear fogo em gravetos e de misturar a terra com a água na tentativa de modelar bonequinhos e pequenas loucinhas. Para mim a vida e a arte se completam quando com a terra faço o barro que moldo numa roda de tradição”. Geraldo Germano

Serviço:


Abertura: 3 de setembro de 2013 às 20 horas.
Local: Espaço Cultural do NEA – Universidade Federal de Santa Catarina.
Período: 4 de setembro a 27 de outubro de 2013.
Visitação: Segunda à sexta-feira, das 9h às 12h, e das 14h às 17h.
Informações:  olariabeiramarsj@ig.com.br / (48) 3721-8605 ou (48) 3241-4992

Promoção: UFSC/SECULT e DRC/Governo dos Açores.
Realização: Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) e Olaria Beira Mar

Tags: exposição

Exposição “O Culto do Espírito Santo no Brasil Meridional”

08/08/2013 17:31

Exposição “O Culto do Espírito Santo no Brasil Meridional”
Fotografias de Joi Cletison

Sem dúvida uma das maiores expressões da Cultura Açoriana no Estado de Santa Catarina é o Culto ao Espírito Santo. Esta herança é demonstrada através das nossas Festas do Divino onde o sagrado e o profano convivem lado a lado e foi esta temática que Joi Cletison escolheu para esta exposição.

A exposição é composta por 20 fotos no tamanho 50X70 cm, ampliadas em papel fotográfico fosco em cores. As imagens foram capturadas em diversas festas do Divino que acontecem no litoral de Santa Catarina. Na exposição estaremos mostrando a devoção que a comunidade do litoral tem no Espírito Santo, bem como os cortejos, a coroação, os peditórios, as novenas, etc.

Esta exposição já foi mostrada em Porto Alegre durante o 2º Congresso Internacional das Festas do Divino Espírito Santo. Também foi exposta em 2006 no Palácio dos Capitães Generais na cidade de Angra do Heroísmo nos Açores/Portugal. Outra coleção está itinerando pelas outras ilhas do Arquipélago dos Açores e depois circulou o Canadá e os EUA onde temos uma colônia muito forte de açorianos.

Agora estamos mostrando à comunidade de Porto Belo, que também são descendes dos açorianos que aqui chegaram no século XVIII, cidade de Porto Belo até meados do século passado realizava a sua festa do Divino Espirito Santo, mas hoje infelizmente esta tradição esta um pouco esquecida. Mas na Paroquia de Bom Jesus ainda encontramos um Bandeira do Divino Espirito Santo, talvez com esta mostra a comunidade se motive a retomar a realização da festa do Espirito Santo.

Maiores Informações:
(47) 3369.8969 ou (48) 3721.8605
cultura@portobelo.sc.gov.br

Serviços:
Abertura: 08 de agosto de 2013 às 19 horas
Local: Fundação Cultural de Porto Belo – Rua Manoel Felipe da Silva, 257
Período: 08 a 31/08/2013

Realização:
Fundação Cultural de Porto Belo/Prefeitura Municipal de Porto Belo/Núcleo de Estudos Açorianos/ Universidade Federal de Santa Catarina

Exposição: CULTO AO ESPÍRITO SANTO NO BRASIL MERIDIONAL

“Dizia Agostinho da Silva que o povo açoriano é portador de uma mensagem
de paz e de fraternidade que levou, e continua levando, para o mundo
inteiro, numa missão de anúncio da nova era para a humanidade. Essa
missão e esse anúncio constituem uma parte fundamental das Festas do
Divino Espírito Santo, e no desempenho dessa viagem de mistério as
Festas chegaram à Ilha de Santa Catarina e em mais de dois séculos se
estenderam por todo o litoral do Sul do Brasil. Quando se olha o
semblante compenetrado dos participantes das cerimônias, no Pântano do
Sul ou em Garopaba, no Centro de Florianópolis ou em Porto Belo ou ainda
em qualquer outra freguesia e paróquia que celebra o Espírito Santo,
percebemos que os descendentes de açorianos reconhecem a
responsabilidade da sua missão divina, mas nesses mesmos rostos vemos a
humildade de quem se sabe portador e não se exalta diante dos outros. O
anúncio é de fraternidade, o que presupõe se sentir igual, nem maior nem
inferior aos outros. A alma da Festa é o que vai na alma dos fiéis, e se
reflete nas atitudes e no rosto, e é esse reflexo da alma que Joi
Cletison Alves fixou nas suas fotografias.Elas estão aqui não para serem
belas na cor e na forma – que o são, mas não só isso: elas estão aqui
para nos lembrar de um encargo divino, de uma missão que recebemos, e
àqueles que não fazem parte dela, despertar o respeito pelos fiéis do
Divino. Pois neles está a consciência de um mundo novo que é preciso
construir”.

Prof. Doutor João Lupi
Cônsul de Portugal em Florianópolis – SC – Brasil

Tags: brasilexposiçãomeridional

CINCO OLHARES – Exposição traz mosaico da cultura açoriana em Santa Catarina

10/07/2012 12:29

A partir de 13 de julho, na UFSC, Plinio Verani, Elias Andrade, Soli, Hassis e Neri Andrade pintam a herança açoriana

Diferentes percepções sobre a herança cultural dos antepassados vindos do Arquipélago dos Açores no século XVIII se entrecruzam na exposição “Cinco Olhares sobre a Colonização Açoriana”. A mostra que abre no dia 13 de julho, no Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos da Secretaria de Cultura da UFSC. Plinio Verani, Elias Andrade, Soli, Hassis e Neri Andrade: são cinco olhares, cada qual interpretando com seu estilo as heranças culturais no litoral catarinense.

Em cada obra, o artista mostra o seu olhar sobre a Colonização Açoriana e sua herança cultural, enfocando a chegada dos imigrantes, o artesanato, a pesca, a arquitetura e a religiosidade. Até o dia 31 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 9 às 12 e das 14 às 17 horas, o público em geral pode ter acesso gratuito a esse mosaico plástico da arte e da história catarinense.

Com pinceladas rápidas em acrílico sobre tela, Elias Andrade mostra a pesca, as rendeiras e principalmente as festas do Divino Espírito Santo. Também trabalhando acrílico sobre tela, Soli já mostra uma visão feminina da cultura, enfocando a imagem da mulher no artesanato e no folclore. Acostumado que é a trabalhar com esculturas de grande porte e mostrar em conjunto as atividades relacionadas à herança açoriana que se passam no centro histórico de São José, Plinio Verani traz obras com telas de grandes proporções.

De Hassis a exposição exibe uma obra realizada em 1999 que representa a chegada dos açorianos em Nossa Senhora de Desterro (hoje cidade de Florianópolis). Neri Andrade, o artista naif, traz do imaginário para a pintura sua infância em Santo Antônio de Lisboa, evocada na figura dos engenhos, casarios e as festas do Espírito Santo. Informações e agendamento de visitas para escolas devem ser feitos com o coordenador do Nea, Joi Cletison, pelo telefone 48 3721.8605 ou  pelo e-mail joi@nea.ufsc.br.

Serviços:
Local: Espaço Cultural do NEA / Universidade Federal de Santa Catarina
Período de visitação: 13/7 a 31/8/2012
Horário: 2ª a 6ª feira das 9h às 12h e das 14h às 17h
Informações e agendamento para escolas: (48) 3721-8605 ou joi@nea.ufsc.br

Fotografias para divulgação:
Telefones dos Artistas: Plinio (48)9622-2866, Soli (48) 9971-5416 , Elias (48)3335-0035, Neri (48)3235-1990.

Assessoria de comunicação:
Raquel Wandelli
Jornalista da UFSC na SeCult
3721-9459 e 9911-0524
raquelwandelli@yahoo.com.br

Tags: Elias AndradeexposiçãoHassisNeri AndradepinturaPlínio VeraniSoli

O Mastro de São Sebastião – Mostra fotográfica

15/05/2012 11:36

A mostra fotográfica faz parte das manifestações culturais que acontecem no mundo todo, em alusão ao dia de Portugal, 10 de junho.

A exposição “O Mastro de São Sebastião” mostra detalhes da tradição como era cantada por “Seu  Beju”, um dos maiores cantadores e repentistas do litoral catarinense, que nos deixou recentemente

O Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugura no próximo dia 14, segunda-feira, a exposição fotográfica“O Mastro de São Sebastião”, de Joi Cletison, no Espaço Cultural do NEA. Gratuita, a visitação ocorre de segunda a sexta-feira das 9h às 12h e das 14h às 17 horas, e vai até 29 de junho.

Trazido no século XVIII à cidade de Penha, litoral norte do Estado de Santa Catarina, o ritual do mastro de São Sebastião é uma herança portuguesa. O Grupo Folclórico Armação do Itapocorói mantém a tradição até os dias atuais, encenando-a sempre no mês de janeiro, conforme documentou o fotógrafo Cletison, que é também coordenador do NEA. Em seu registro, Cletison mostra todos os passos dessa prática cultural, desde a busca do tronco de árvores até a oração final.

O RITUAL

Um tronco de árvore é enfeitado pelas mulheres, com ramos, folhas verdes e flores. Os homens ocarregam aos ombros e levam em cortejo pela povoação, até a frente da igreja ou praça, onde cravam o mastro no chão. Fincado o mastro, içam a bandeira com a imagem de São Sebastião para que o povo reze, andando ao seu redor ou dançandoem roda. Batempalmas, aplaudem,cantam e fazem suas preces e promessas ao santo. Quando a reza comum termina, algumas mulheres ficam orando junto ao mastro, segurando as ramagens.

O povo percebe a festa como uma cerimônia tradicional cristã, em que elementos naturais, como as flores e o símbolo fálico tornam-se religiosos e sagrados pela presença de São Sebastião. No entanto, a celebração tem um aspecto claramente pagão e pré-histórico, como um ritual de fertilidade: as mulheres retiram flores e folhas do tronco, riem e contam piadas alusivas a sexo. Afirmam que uma flor retirada do mastro garante um bomcasamento.

 

SERVIÇO:

Quando: 14 de maio a 29 de junho de 2012, de segunda a sábado das 9h às 12h e das 14h às 17h

Local: Espaço Cultural do NEA/UFSC

Informações: (48) 3721.8605 ou nea@nea.ufsc.br

Fotografias para divulgação: http://ftp.identidade.ufsc.br/Exposicao_MastroSaoSebastiao_FotosJoiCletison.zip

Promoção:

UFSC/Secretaria de Cultura e Arte

Realização:

Núcleo de Estudos Açorianos

Apoio:
Direcção das Comunidades/ Governo dos Açores

Agecom

 

Convite Exposição Mastro São Sebastião

Convite Exposição Mastro São Sebastião


 

Tags: exposiçãoJoi CletisonSão Sebastião

Exposição fotográfica mostra o Carnaval na Ilha Terceira

14/02/2012 16:36
Exposição fotográfica mostra o Carnaval na Ilha Terceira

Exposição fotográfica mostra o Carnaval na Ilha Terceira

Parte de uma maratona fotográfica organizada pela Presidência do Governo Regional dos Açores, a mostra abre no dia 17 de fevereiro, na Fundação Municipal de Turismo de Porto Belo.

Como os descendentes dos açorianos brincam o Carnaval e como é um “bailinho” para os foliões da Ilha Terceira? São peculiaridades da folia no arquipélago dos colonizadores açorianos que só quem viu pode contar. É o que faz Joi Cletison Alves, diretor do Núcleo de Estudos Açorianos da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, autor da exposição de fotografias “Festival de Teatro Popular: o carnaval na Ilha Terceira – Açores”, que abre no dia 17 de fevereiro e permanece até 16 de março na Fundação Municipal de Turismo de Porto Belo. O fotógrafo e historiador viveu intensamente essa experiência nos quatro dias de carnaval de 2006, fotografando as tardes, noites e madrugadas de folia em Angra do Heroísmo e Praia da Victoria, na Ilha Terceira.

Na mostra, Joi Cletison traz o resultado de uma maratona fotográfica chamada “Gestos e Gente no Carnaval Terceirense”, organizada pela Presidência do Governo Regional dos Açores, da qual participou. A proposta da maratona foi fotografar o carnaval da Ilha Terceira nos Açores, que é um evento popular atípico em relação às manifestações populares no resto do arquipélago e em Portugal. Foram convidados para participar do projeto fotógrafos do Brasil, Canadá e EUA, todos tendo em comum a forte emigração açoriana. Do Brasil, participaram profissionais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, da qual Cletison foi o representante.

Durante os quatro dias de carnaval, os selecionados fotografaram os “bailinhos”, que ocorrem somente na Ilha Terceira. Os bailinhos são uma espécie de bloco de carnaval. Cada freguesia (bairro) organiza o seu próprio grupo que compõe uma música (letra e arranjos), monta uma coreografia, cria um figurino próprio e depois ensaia a apresentação do todo. Nas noites de folia, os grupos se apresentam em sua localidade e depois percorrem as diversas comunidades da Ilha.

Um acervo de mais de 900 imagens documenta essa vivência na mostra promovida pela Fundação Municipal de Turismo de Porto Belo em parceria com a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e Governo Regional dos Açores e realização do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC. Joi impressionou-se com a autonomia dos foliões na organização. “Sai um Grupo e entra outro e o público permanece fiel, mantendo os teatros lotados”. Além da criação artística, os grupos cuidam do transporte e recursos financeiros para a montagem. A comunidade oferece apenas o espaço e um lanche depois da apresentação. Cada grupo chega a fazer oito apresentações durante a noite em locais diferentes. “Acontecimentos do dia a dia na área da política, economia ou sociedade servem como tema”, explica o fotógrafo.

    SERVIÇO

    “Festival de Teatro Popular : O carnaval na Ilha Terceira – Açores”

    Local: Fundação Municipal de Turismo de Porto Belo (FUMTUR)

    Período: 17/02 a 16/03/2012

    Horário de visitação: 8 às 20 horas de segunda feira a sábado

    MAIS INFORMAÇÕES: (48)3731-8605, (48)9982-8938 ou via e-mail  <a href="mailto:” target=”_blank”>Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher.  ou Fundação de Turismo Porto Belo (47) 3369.5638 com Alexandre ou <a href="mailto:” target=”_blank”>Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher.

    Fotografias: http://ftp.identidade.ufsc.br/CarnavalAcores_JoiCletison.zip

     Promoção da exposição:

     Fundação de Turismo de Porto Belo

     Prefeitura de Porto Belo

     Universidade Federal de Santa Catarina – SECARTE

     Governo Regional dos Açores – DRC

     Realização: Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC

     Fotografias: http://ftp.identidade.ufsc.br/CarnavalAcores_JoiCletison.zip

Divulgação: Raquel Wandelli

<a href="mailto:” target=”_blank”>Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher.

Jornalista – SeCArte – UFSC

Fones: 37218729, 37218910 e 99110524

    Apresentação:

    A apresentação da exposição é do escritor Álamo de Oliveira, que já compôs diversas marchas para o carnaval terceirense. O escritor também foi responsável por várias montagens teatrais e diversos bailinhos de carnaval. Abaixo o texto de apresentação da exposição.

    “Uma das celebrações festivas do Carnaval mais originais ocorre, com certeza, na ilha Terceira dos Açores. Durante dois ou três meses, alguns milhares de pessoas (atores, poetas populares, autores, compositores e músicos, vocalistas, ensaiadores, figurinistas, costureiras) preparam, com talento e afeto, aquele que é o maior Festival de Teatro Popular, se não do mundo, pelo menos da Europa.

    Durante os dias de carnaval, meias centenas de grupos percorrem as oito dezenas de palcos que envolvem a ilha, representando estórias que tocam o imaginário histórico e social ilhéu, nas mais diversas variantes temáticas, tratando-as, literária e teatralmente, de acordo com a sensibilidade de cada tema. Assim, a hagiografia, os feitos históricos e os dramas passionais entram na categoria das «danças» de dia, da noite e de espada, enquanto que os casos que se expõem ao ridículo público são satirizados através do uso de linguagem cômica e bem humorada, a que dão o nome de «bailinhos». «Danças» e «Bailinhos» utilizam o mesmo figurino estrutural (marcha, saudação, apresentação em quadros e desenvolvimento do enredo, despedida e repetição da marcha) e são escritas em poesia rimada bem à maneira do teatro vicentino.

    A presente exposição dirá muito da vivência do artista da imagem, que é Joi Cletison, no Carnaval da Terceira, em 2006. Ele testemunha todo o talento, criatividade e – por que não? – a genialidade de milhares de artistas, anônimos no dia-a-dia, mas admiráveis nos quatro dias em que desenvolvem este Festival, que é realizado numa ilha com 55 mil habitantes e visto por mais de 40 mil espectadores”.

    Álamo Oliveira – Escritor

    Raminho – Açores, 5 de Janeiro de 2007

Tags: carnavalexposição

Exposição: A Farra – Desenhos Lilian Martins

18/11/2011 11:28

A Farra do Boi é o tema da exposição de desenhos Lilian Martins que abre no dia 21 de novembro, dentro da programação da 4ª Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC. Imagens, signos, dizeres relacionados à brincadeira folclórica poderão ser vistos no Espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos da Universidade Federal de Santa Catarina até o dia 16 de dezembro de 2011, de segunda a sexta feira, das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas.

Resultado da pesquisa visual e da coleta de histórias nas comunidades litorâneas tradicionais de Santa Catarina, a exposição traz uma visão antropológica e lúdica da “Farra do Boi”, denominação criada pela imprensa carioca e paulista nos anos noventa.

O objetivo da exposição “A Farra” é fazer o registro das imagens, práticas, gestos e dizeres, signos das comunidades de base cultural açoriana, reunidas na brincadeira do boi, sem defender ou acusar. “Por meio do desenho faz um registro de uma manifestação popular que vem sendo modificada e caminha para o desaparecimento”, diz Joi Clétison, coordenador do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC, que promove o evento.

Natural de Itajaí e residente em Balneário Camboriú, pós-graduada em Criação e Gestão em Moda Lilian Martins registrou em desenhos a dificuldade de realizar a brincadeira nos dias de hoje. Ex-diretora de Arte da Fundação Cultural de Balneário Camboriú e ex-coordenadora do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Faculdade Avantis – Balneário Camboriú, Lilian observou as pessoas à espera do boi, no corre-corre, nos planos de fuga, no drible seguro, nos esforços financeiros pra promover as festas na comunidade, e recriou o que viu em doze desenhos a nanquim.

Com participação em dezenas de exposições individuais e coletivas, Lilian deixou o seguinte depoimento sobre a cultura do boi que vivenciou durante a infância e adolescência:

– Como surgiu a Farra? Meu pai, da família dos Souza e Martins, natural da cidade de Tijucas, sempre contava os casos da sua juventude, das pescas, dos hábitos e costumes, e da farra do boi. Muitas histórias, hilárias eram contadas e recontadas, meio exageradas, muitas das quais misturam realidade e ficção, de um tempo em que todo mundo apreciava de perto a farra, inclusive as mulheres com as crianças no colo. Quando adolescente vivenciei isso tudo.

Muitas dessas histórias já ouvi centenas de vezes, e sempre me pego rindo, não somente pela narrativa em si, mas pelas encenações, mímicas, gestos, e no modo de falar rápido, com repetições para dar ênfase ao causo. Então, separei um caderno para registrar e ilustrar, a bico de pena, as memórias do pai. Os desenhos foram feitos em traços rápidos, procurando acompanhar a fala apressada do seu Zeca. Despretensiosamente, comecei a registrar, para coletar possibilidades visuais. Depois, vi que o conjunto era bem interessante.  Do conjunto de imagens, selecionei algumas para ampliar e imprimir, para expor como se fossem páginas soltas de um caderno.

Promoção: Universidade Federal de Santa Catarina/Secretaria de Cultura e Arte e DRC – Governo dos Açores
Realização: Núcleo de Estudos Açorianos
Apoio Cultural: Agência de Comunicação da UFSC

Informações: lilianfmartins@hotmail.com  (47) 9193.4030 ou (48)37218605

Tags: exposição

Exposição – Os Portugueses na Ilha de Santa Catarina. Fotografias de Joi Cletison

13/06/2011 14:44
Convite exposição Os Portugueses

Convite exposição Os Portugueses

Esta Exposição foi montada para marcar a data de 10 de Junho que se comemora o dia de Portugal e também o dia de Camões.

A exposição mostra a presença portuguesa na Ilha de Santa Catarina, é composta de 18 imagens ampliadas em papel fotográfico brilhante que nos mostram vários aspectos que o povoamento português nos legou na arquitetura, na religiosidade, no folclore e no artesanato.

É claro que a cultura deixada pelos lusitanos incorporou outros elementos, mas conserva os traços de sua autenticidade. Para mostrar isto o NEA/UFSC organizou esta exposição de fotografias, onde mostramos a Arquitetura Luso-Brasileira com suas técnicas construtivas, o Artesanato com as belas rendas de bilro, cerâmica utilitária, tapeçaria que fazem parte do saber fazer deixados pelos nossos antepassados. No folclore mostramos as nossas Danças Folclóricas, os ternos de reis e na Religiosidade escolhemos as festas e romarias.

São 18 fotografias coloridas no tamanho 80X100 cm, ampliadas em papel fotográfico brilhante de autoria de Joi Cletison, que atualmente é diretor do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC e que atua como fotógrafo a mais de 25 anos, tem várias dezenas de exposições realizadas no Brasil e no exterior.

Maiores Informações: telefone 48 3028-8090 ou 3721-8605 ou também via e-mail joi@nea.ufsc.br

Veja matéria sobre a exposição: http://www.youtube.com/watch?v=h2MV8pP8yOs&feature=youtu.be

Fotos para divulgação: http://ftp.identidade.ufsc.br/Expo_OsPortugueses.zip

Serviços:
Local: Museu Histórico de Santa Catarina
Período: 10/06 a 10/07/2009
Terça a Sexta das 10 as 18 e Sábados e Domingos das 10 às 16 horas.
Promoção: Universidade Federal de santa Catarina/SECARTE
Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esportes/FCC
Fundação Catarinense de Cultura
Realização: Núcleo de Estudos Açorianos
Museu Histórico de Santa Catarina

Texto de apresentação da Exposição:
“Nem tudo o que se vê em Florianópolis é português, mas de quase tudo o que é português se  vêem e escutam traços e reminiscências na Ilha de Santa Catarina. Um exemplo está nas vivências religiosas: faltam algumas importantes devoções, mas duas das manifestações mais notáveis estão  presentes: a Festa do Divino Espírito Santo e a Procissão do Senhor  dos Passos. A fotografia de Joi Cletison exprime tão bem a presença  portuguesa que parece falar e mover-se, e em poucas imagens evidencia  até algumas diferenças: a arquitetura portuguesa comum das fortalezas,  igrejas e prédios públicos, e a particularidade dos sinais açorianos,  mais sutis, nas rendas, nas danças e nos ofícios manuais, culminando  com as notas de atualidade que sobre esse fundo compõem esta pequena  sinfonia luso-brasileira.”

Profº João Lupi
Cônsul Honorário de Portugal em Florianópolis

Tags: exposiçãoJoi Cletisonportugueses